Wednesday, December 06, 2006


Planetarische Umlaufbahn #2 BRÖSELMASCHINE

Este pode muito bem ser um dos lados mais suaves da produção musical que se fez pela Alemanha entre finais da década de 60 e de 70. Bröselmaschine, o nome da órbita em destaque, também nome do disco, único, pautado por melodias plenas de delicadeza e lançado pela Pilz em 1971.
Die Bröselaschine formaram-se em Duisburgo em 1968, onde viveram como comuna - como convinha, aliás, a alguém que se inspirava na tradição folk "naif" da época. As canções híbridas de folk colm arranjos de travo psicadélico, eram lideradas pelo virtuosismo suave de Peter Bursch na guitarra acústica, que aliava a técnica a um sentido teórico apurado, a crer pelos livros que lançou na época sobre a matéria. Se todo o disco se reveste desta atmosfera, o tema "Schmetterling" é um bom exemplo do tom espacial conferido pelo Mellotron (a cargo de Dieter Dierks) e por "drones" de cítara, criando exóticos motivos cósmicos, enquadrado pela voz etérea de Jenni Schücker, flauta e percussões indianas.
De sublinhar a precisão distintiva da produção, que teve o cunho de Ralf Ulrich Kaiser (com engenharia sonora para Dieter Dierks): a criatividade solta aliada a ventos do Norte, conferindo-lhe a sugestão teutónica.
O grupo desmembrou-se pouco depois do álbum ver a luz do dia: e se alguns elementos do grupo partiram para a Índia, Peter Bursch fez reencarnar os Bröselmaschine. Em 1976, Peter Bursch und die Bröselmaschine trouxeram uma sonoridade diferente: mais rock e menos folk (facto a que não é alheio a participação dos elementos dos Guru Guru, Mani Neumeier na percussão e Roland Schaeffer no baixo, e de Jan Fride, dos Kraan, na bateria. O disco em questão revela-se mais pulsante, com a técnica de Bursch a manter-se irrepreensível, tal como a inspiração étnica indiana, trazida por um amigo de Düsseldorf.

(Planeten sessions)


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